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23 de fevereiro de 2021

'Abre e fecha' do comércio prejudica comerciantes e funcionários


Varejo paulista perdeu 60 mil empresas e 400 mil empregos ao longo do ano passado

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A mudança frequente dos decretos municipais e estaduais provocam apreensão nos empresários Prudentinos, que após quase dois meses com as lojas fechadas, reabriram em janeiro. Porém, 15 dias depois, o comércio não essencial de Presidente Prudente teve que baixar novamente as portas, estando pela sétima vez na fase vermelha do Plano São Paulo.

Segundo o presidente do Sincomércio, Vitalino Crellis, a situação é complexa porque não há como tomar decisões a longo prazo, na semana seguinte o governo determina que pode trabalhar de novo e, mais na frente, decide pelo fechamento total. Além disso, questões que vão desde funcionários, benefícios trabalhistas até estoques são agravadas pela instabilidade de decisões como essa. O presidente ainda afirma que essa situação afeta a todos, pequenos e grandes comerciantes, donos dos prédios e os funcionários.

“Sou vendedora a 40 anos no comércio local e essa situação de ‘abre e fecha’ é extremamente triste. A economia não anda e nós funcionários sofremos porque dependemos das vendas, das comissões. O orçamento em casa não diminui, pelo contrário, aumenta! Ficamos sem perspectiva para vender e para comprar”, diz Sueli Marcolino de Almeida, funcionária de uma loja de calçados no Centro de Prudente.

O proprietário da loja Forró Confecções, Geraldo Mendes Ferraz, lamenta a situação. “As despesas são fixas, aluguéis, funcionários, escritório de contabilidade, IPTU, alvarás de licenciamento, impostos e compras que não conseguimos vender e temos que pagar. Quando o comercio começa a dar alguns passos vem a ‘bomba’. Vai completar um ano deste abre e fecha, queimando todas as nossas reservas. Fechar o comércio não é a solução para o Covid!”

A visão do Rodrigo Yukio Kitamura, proprietário da loja PrudenMóveis, não é diferente. “Cria-se uma grande instabilidade e não conseguimos planejar a compra de nossos estoques, com receio de o governo decretar o fechamento do comércio e a empresa não conseguir honrar seus fornecedores.O que nos preocupa também é a situação dos nossos funcionários, pois procuramos preservar todos os empregos”.

 

Varejo perde empresas e empregos em 2020

De acordo com um estudo da  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Estado perdeu cerca de 60 mil empresas ao longo de 2020. Em um contexto de normalidade, o setor teria, hoje, 410 mil empresas, mas fechou o ano passado na marca de 350 mil – uma redução de 14%. O número representa, principalmente, aumento do desemprego no Estado. O volume de pessoal ocupado caiu cerca de 16%, indo de 2,5 milhões de postos ativos de trabalho para 2,1 milhões.

Em Presidente Prudente, com base nas informações que chegam até o sindicato, só no Centro da cidade, mais de 30 lojas foram fechadas durante este período, que se estende de março de 2020 aos dias atuais. “Só em nosso banco de currículos temos hoje, cerca de 2 mil pessoas.”, destacou Crellis.

Para o Sincomércio, grande parte dos impactos negativos sobre a estrutura varejista se explicam pelas ações adotadas para controlar a pandemia de covid-19, como as restrições de circulação de pessoas e o fechamento de lojas físicas durante a primeira metade do ano.

“Os estabelecimentos estão tomando os cuidados e seguindo os protocolos de segurança. A aglomeração não acontece dentro dos estabelecimentos, então é injusto fechar o comércio. Sem trabalhar, as pessoas irão buscar o que fazer, correndo risco de aglomerarem em outros lugares”, conclui.

Arte: Tutu/Fecomercio SP

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