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21 de agosto de 2017

Aumento da meta fiscal demonstra que o governo não conseguiu fazer o dever de casa


O acréscimo em R$20 bilhões do déficit público significa que a população inteira terá de arcar com o desarranjo fiscal

Na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a mudança da meta fiscal para este ano, que passou de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões de déficit, indica que o governo não conseguiu fazer seu dever de casa, empenhando-se apenas na busca pela redução dos gastos existentes, mas ignorando rever a dimensão exagerada da estrutura atual do Estado, sempre em expansão há décadas.
De 2000 a 2015 houve um crescimento real, acima da inflação, dos gastos públicos com pessoal e encargos de 38%, e, em termos monetários, um aumento anual de quase R$ 70 bilhões, segundo dados oficiais da Secretaria do Tesouro. Os números evidenciam o inchaço da máquina pública ao longo dos anos, por meio da elevação dos gastos de custeio, com a consequente limitação da capacidade de investimento do Estado.

A relação entre carga tributária e PIB está em torno de 35%, ou seja, diante da ineficiência nos serviços prestados à sociedade, a capacidade contributiva das famílias e das empresas já ultrapassou o limite. Qualquer aumento de tributos significa retirar de investimentos e consumo para manter a ineficiente máquina estatal funcionando e em expansão.

Para superar esse problema, a FecomercioSP pondera que deve haver um esforço conjunto entre Estado e poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, deixando de lado o corporativismo para pensar no conjunto de uma sociedade e enfrentar o principal desafio do País, que é acelerar a retomada de crescimento econômico, para garantir as voltas do emprego e da distribuição de renda.

A garantia do tripé econômico com o câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário, na visão da Federação, foi essencial na busca do crescimento do País, pois o Brasil conseguiu dar um importante salto socioeconômico na primeira metade da década passada. Entretanto, a partir do momento que o governo aliviou no aspecto fiscal, o crescimento ficou comprometido, e aumentar em R$ 20 bilhões o déficit público significa que a população inteira terá de arcar com o desarranjo fiscal.

A única alternativa vista pelo governo para resolver o problema é aumentar o déficit ou elevar os impostos, porém, a via mais importante a ser implementada seria a redução da dimensão estrutural exacerbada e crescente do Estado. Se o cenário permanecer o mesmo, com as atuais distorções na proporção do governo, a Entidade acredita que pode haver graves impactos sobre o futuro da economia nacional e até mesmo comprometer a viabilidade de se alcançar um ciclo de crescimento sustentado na próxima década.

Aumento de impostos
A FecomercioSP é frontalmente contra qualquer aumento de tributos em 2018 e, principalmente, a criação de novos impostos para vigorar em 2017, em especial tributando lucros e dividendos. Para a Federação, tais intenções devem impactar negativamente sobre as micros e pequenas e empresas, colocando em risco, em muitos casos, até mesmo a sua viabilidade financeira.

É preciso considerar, sobretudo, que o segmento de serviços é composto majoritariamente por empresas de micro e pequeno portes, com enorme responsabilidade pela criação e geração de milhões de empregos no País. Impor mais um pesado custo a esse setor, justamente num momento em que a economia necessita da força das pequenas e micros empresas para atenuar a taxa recorde de 13 milhões de desempregados, é, no mínimo, um despropósito e uma injustiça social inadmissíveis. Isso significa colocar em risco sua sobrevivência, uma vez que o lucro desses estabelecimentos, em grande parte dos casos, é o salário do único proprietário, que tem no negócio sua alternativa exclusiva de renda, sem garantias trabalhistas e com o ônus pleno do risco.

Por fim, antes de insistirem na elevação da enorme carga tributária nacional, as autoridades devem buscar rever a dimensão que o Estado brasileiro atingiu e procurar a redefinição estrutural da máquina administrativa que jamais deixou de aumentar ao longo dos últimos anos, impondo ao Brasil um custo que já ultrapassou o limite da capacidade contributiva da sociedade.

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